19 de julho: Dia Nacional da Caridade


O Dia Nacional da Caridade foi instituído a 19 de julho através da Lei nº 5.063, sancionada pelo Congresso Nacional em 4 de julho de 1966.

Conforme sua redação oficial, a lei estabelece a data no Brasil “com a finalidade de difundir e incentivar a prática da solidariedade e do bom entendimento entre os homens”.

Após 53 anos de promulgação desta lei brasileira e de mais de dois milênios de revelação da Lei de Amor, trazida por Jesus Cristo, a reflexão que se propõe é quanto ao real exercício da caridade no dia a dia das pessoas.

O apóstolo Paulo, no 13º capítulo de sua primeira epístola aos Coríntios, assim descreve como devemos enxergar – e exercitar – a caridade:

“1. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.

“2. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.

“3. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!

“4. A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante.

“5. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor.

“6. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.

“7. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

“8. A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.

“9. A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita.

“10. Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.

“11. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.

“12. Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido.

“13. Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade.”

De igual maneira, Allan Kardec trouxe em O Evangelho Segundo o Espiritismo inúmeras lições acerca da caridade e de como devemos compreendê-la e senti-la. No capítulo 17 – intitulado Sedes Perfeitos -, item 3, o Codificador do Espiritismo assim pontua: “O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e de caridade na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Ainda na terceira obra da codificação kardequiana, seu capítulo 15 – intitulado Fora da caridade não há salvação – traz: “Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as consequências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa.”

 

SOBRE A CARIDADE

“Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 9)

“Se Allan Kardec tivesse escrito que ‘fora do Espiritismo não há salvação’, eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu ‘Fora da Caridade’, ou seja, fora do Amor não há salvação.” (Chico Xavier)

“Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar.” (Santo Agostinho)

“A cortesia é irmã da caridade, que apaga o ódio e fomenta o amor.” (São Francisco de Assis)

“Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspeção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça.” (Boaventura de Bagnoregio)

“Orar não é o mais importante. Importante é praticar a caridade e o amor, mesmo para uma pessoa que não seja religiosa.” (Dalai Lama)

“Não é o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos. Não é o quanto damos, mas quanto amor colocamos em dar.” (Madre Teresa de Calcutá)