Francisco Cândido Xavier

A União

 

Observemos a síntese grandiosa que a natureza nos oferta, sob a forma de sábia lição, que reporta-se às leis dos esforços em conjunto.

No Cosmos Grandioso, onde cintilam milhões de corpos celestes, também se faz sentir a sublimidade desta lei. Pois vemos que, no cortejo imenso dos astros, existe a harmonia em todas as trajetórias.

Bastaria um só corpo celeste, por pequeno que fosse, não cooperar no conjunto, para que cataclismas de grandes proporções adviessem como resultado.

União Fraternal

“Procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz.”
Paulo. (EFÉSIOS, 4.3)

 

À frente de teus olhos, mil caminhos se descerram, cada vez que te lembras de fixar a vanguarda distante.

São milhões de sendas que marginam a tua.

Não olvides a estrada que te é própria e avança, destemeroso.

União, humildade e caridade

 

União — é fraternidade.

Humildade — é renúncia.

Caridade — é amor.

Somente com fraternidade legítima é possível reunir corações em derredor do Cristo.

Somente com o amor exemplificado, iluminaremos nosso caminho para Deus.

Realizaremos a União pelo esforço próprio do Trabalho.

Alcançaremos a Humildade — através de fervorosa solidariedade.

Edificaremos a Caridade — revelando a luminosa Tolerância.

Espíritas, Unamo-nos!

 

Meus amigos, que o Cordeiro de Deus vos encha o coração de muita paz! De boa vontade e acorrendo como sempre aos eventos promissores da Doutrina, aqui nos achamos de modo a vos trazer o nosso testemunho de fraternidade constante.

Nesse momento, realizais o início de uma nova etapa evolutiva, nesta casa de amor fraternal, onde os postulados sublimes do Espiritismo constituem o objetivo sagrado das atividades de todos os corações.

Nossas Mães

 

Tivemos o Dia de nossas mães,

Que não nos pedem aplausos ou sermões,

Todas esperam uma prece

De nossos corações.

 

Toda mãe é nossa guarda,

Que nos conforta e conduz,

Todas são almas divinas,

Santas meninas, mensageiras de Jesus.

 

 

Mensagem às Mães

 

Mãezinha!

Quando nos acolheste nos braços, sentiste que o coração se te estalava no peito, à feição de harpa repentinamente acordada por mãos divinas.

Rias e choravas, feliz, crendo haver convertido a regaço em ninho de estrelas.

Aconchegaste-nos ao colo, qual se trouxesses uma braçada de lírios que orvalhavas de lágrimas.

Quantos dias de ansiedade e ventura, sorrindo ao porvir, e quantas noites de vigília e sofrimento, receando perder-nos!…

Humildade do Coração

 

“Bem-aventurados os pobres de espírito”, proclamou o Senhor.

Nesse passo, porém, não vemos Jesus contra os tesouros culturais da Humanidade, mas, sim, exaltando a humildade do coração.

O Mestre recordava-nos, no capítulo das bem-aventuranças, que é preciso trazer a mente descerrada à luz da vida para que a sabedoria e o amor encontrem seguro aconchego em nossa alma.

A prova última

 

E porque o aprendiz indagasse sobre o currículo dos exames a respeito do aperfeiçoamento da alma, o mentor esclareceu, paciente:

— Na Espiritualidade Superior, as avaliações de aproveitamento são muitas. Temos as de paciência, de disciplina, de espírito de serviço e de auxílio aos semelhantes, no entanto, ao que me parece, a última é a mais difícil de todas.

E qual é a última? — Indagou o discípulo atento.

O mentor respondeu em tom decisivo:

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